Subprefeito da Sé admite excesso de lixo nas ruas, mas culpa cidadãos PDF Imprimir E-mail
Qui, 15 de Outubro de 2009 00:00
O subprefeito da Sé, Amauri Luiz Pastorello, admitiu que a região da Sé “está suja” e citou como causa, a ação de moradores de rua e de catadores de recicláveis, que estouram os sacos de lixo, espalhando a sujeira pelas calçadas. E ainda culpou os cidadãos paulistanos: “Essa sujeira não é recolhida pelas empresas de coleta porque não está ensacada e também não é recolhida pelos varredores porque não está no meio-fio. A responsabilidade da limpeza de calçadas, por lei, é do cidadão, e não do poder público”. 

Tais declarações foram feitas durante a 4ª reunião ordinária da subcomissão que acompanha a execução operacional e financeira dos contratos com as concessionárias que fazem a coleta de lixo e as empresas prestadoras de serviços de varrição e lavagem das vias públicas da cidade, presidida pelo vereador Roberto Tripoli (PV), realizada dia 14 de outubro na Câmara Municipal.

Compareceram nesse encontro, Amauri Luiz Pastorello - Subprefeito da Sé, Daniela Carelli de Souza – Supervisora Técnica de Limpeza Pública e Remy Benedito Silva Filho, que ocupou a Supervisão até o último dia 17 de setembro, para prestarem esclarecimentos sobre a fiscalização e o controle do cumprimento das ordens de serviços.

Mesmo culpando os cidadãos e os moradores em situação de rua, Pastorello admitiu que há falhas na fiscalização dos contratos, que é feita por amostragem por apenas onze agentes vistores, considerado um número reduzido para uma região que tem 977 km de ruas, dando uma média diária de 89 km por agente, o que é absolutamente inexeqüível.

Curiosamente, a atual supervisora técnica de limpeza pública, bem como o anterior, contradisseram o subprefeito. Daniela explicou que cinco agentes trabalham no período da manhã, três durante a tarde e outros três à noite, com a incumbência de fiscalizar as varrições e a lavagem de ruas de feiras. A supervisora informou que um novo plano de varrição está sendo estudado, porque o atual prevê varrições desnecessárias em alguns pontos. Mesmo assim, disse ela “o centro está limpo”.

Tripoli perguntou ao ex-supervisor, porque, diante de tantos problemas de sujeira na região central, a Construfert, empresa responsável pela varrição, recebeu apenas sete multas em 2008 e nenhuma em 2009, enquanto as outras receberam mais de 250 autuações no mesmo período. A resposta causou indignação aos vereadores presentes : “não foi multada porque não cometeu infrações”.

Diante do exposto e das contradições apresentadas, a subcomissão resolveu convocar os onze agentes vistores da região central para a próxima reunião ordinária, prevista para 21 de outubro.


Informações:
Mário Seabra
Assessor Técnico do
Gabinete do Vereador Roberto Tripoli (PV)
11-3396-4821
 
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